Tratamento da diabetes: entenda o que o endócrino deve acompanhar
O tratamento da diabetes envolve uma série de cuidados que vão muito além do controle dos níveis de açúcar no sangue. Isso porque essa é uma doença do metabolismo, que impacta o funcionamento de todo o organismo, levando ao risco de complicações em outros órgãos.
Dessa maneira, é muito importante que o paciente seja acompanhado por um médico endocrinologista, que deverá cuidar da saúde geral do paciente. Este especialista, através de exames de rotina, poderá monitorar a doença, seus riscos e problemas diretos e indiretos.
Os medicamentos para tratar o diabetes são varios e atuam de forma muito diferente. Só um profissional especialmente treinado é capaz de adequar cada uma das medicações para cada paciente.
Para entender o que o médico deve acompanhar, continue lendo este post!
O tratamento da diabetes pelo endocrinologista
O endocrinologista está apto a tratar condições complexas que afetam vários sistemas do corpo, como a diabetes. Além disso, foi treinado para diagnosticar os desequilíbrios hormonais e promover o tratamento em busca de reequilibrar o organismo.
Sua ação no tratamento da diabetes envolve o controle das taxas de açúcar, bem como o monitoramento de outros órgãos comumente afetados, como o sistema vascular, os rins, o coração e os olhos.
O médico deverá ainda, cuidar da saúde geral do paciente, orientando sobre a dieta e prática de exercícios, além de controlar a pressão e o peso, em cerca de 2 ou 3 consultas ao longo do ano. É muito comum que o homem com diabetes passe a apresentar diminuição dos hormonios masculinos com todas as consequencias desta falta e deve ser tratado!
Os riscos e as comorbidades mais comuns
Os maiores riscos da diabetes estão associados às comorbidades, como a hipertensão e doenças vasculares. A falta de controle dos índices glicêmicos por muitos anos leva a complicações vasculares em pequenos e/ou grandes vasos.
Lesões microvasculares levam a três das principais complicações da diabetes, sendo elas: retinopatia, nefropatia e neuropatia. Além disso, a cicatrização também é afetada, podendo uma pequena ruptura na pele evoluir para ulceração e infeccionar, especialmente nos membros inferiores.
Entre as doenças macrovasculares, destaca-se a aterosclerose de grandes vasos, que pode gerar eventos como infarto, angina, aneurimas da aorta e AVC.
Os exames de rotina do paciente diabético
Como vimos, as complicações da doença são muitas e atingem pontos diferentes no organismo. Desse modo, os exames de rotina devem checar o estado geral de saúde do paciente e também monitorar a eficácia do tratamento da patologia.
O monitoramento deve ser feito através de exames que verifiquem as taxas sanguíneas, como:
- glicemia de jejum: detecta o nível imediato de glicose no sangue, deve ser pedido a cada consulta;
- a glicemia 2 horas apos o inicio da refeição, que o parametro mais importante em se prevenir doenças coronarianas;
- glicemia capilar: consiste no automonitoramento e deve ser feito em casa, cerca de 2 ou 3 vezes por semana;
- teste da hemoglobina glicada: apresenta a média da glicemia nos três últimos meses;
- teste da frutosamina: avalia o controle da glicose de duas a três semanas.
Além disso, devem ser pedidos aqueles que possam diagnosticar possíveis complicações:
- exame de fundo de olho: para diagnóstico da retinopatia, glaucoma e catarata, prevenindo a cegueira diabética. Deve ser feito anualmente por um oftalmologista;
- Perfil lipídico: acompanha os níveis de gordura e proteína transportadora de gordura no sangue (colesterol), sendo importante na prevenção das doenças cardiovasculares. Deve ser solicitado algumas vezes por ano;
- exame de urina para proteinúria e microalbuminúria: controle da função renal, também indicado algumas vezes por ano;
- exame dos pés: avaliação das alterações de sensibilidade, dor e temperatura características da neuropatia periférica, o chamado pé diabético. Deve ser realizadoduas a tres vezes ao ano.
Outros problemas que devem ser acompanhados
Pacientes com diabetes podem desenvolver outras alterações, sendo elas:
- ulcerações, infecções e gangrena, no caso do pé diabético;
- cataratas e glaucomas;
- doenças hepatobiliares (esteatose hepática, cirrose, cálculos biliares e outras);
- dificuldade de esvaziamento gástrico;
- doenças dermatológicas (como a dermopatia diabética, vitiligo e granuloma anular);
- doenças reumatológicas (infartos musculares e síndrome do túnel de carpo, por exemplo);
- dificuldades motoras na bexiga comprometendo o ato de urinar;
- depressão.
- O acompanhamento da função tireoidiana, níveis de vitamina B12, niveis do colesterol plasmático para evitarmos as demências da idade que são mais comuns nos diabético, entre elas o alzeimer.
- indicar e acompanhar o trabalho do fisioterapeuta e dos niveis sanguineos davitamina D, para minimizar a perda muscular que é comum nestes pacientes.
Dada a complexidade da doença e suas complicações, o tratamento da diabetes é de extrema importância para a manutenção da saúde e qualidade de vida do paciente.
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