Pacientes que sofrem de dor crônica também apresentam maior frequência de problemas de sono. Um estudo britânico publicado em “PLoS One” descobriu que é proveitoso indicar o sono como tratamento de dor crônica, e não apenas lidar com a insônia que é consequência da dor crônica. Melhorar a qualidade do sono dos pacientes também pode torná-los mais fisicamente ativos.
Para o estudo, os pesquisadores da Universidade de Warwick pediram que participantes usassem um acelerômetro, que media a atividade física, para monitorá-los 24 horas por dia durante uma semana em seus ambientes normais de sono e atividade. Adicionalmente, eles preencheram uma avaliação sobre qualidade do sono, intensidade da dor e humor, usando um diário eletrônico móvel todos os dias pela manhã quando acordavam. A análise mostrou que o único fator confiável de atividade física foi a qualidade do sono, e que o sono é um melhor prognóstico de atividade física do que as avaliações matinais de intensidade de dor ou humor.
“Realizar atividades físicas é um tratamento fundamento no gerenciamento de dor. Muitas vezes, os médicos prescreviam aulas de atividades físicas, fisioterapia, programas de caminhadas e ciclismo como parte do tratamento, mas quem gostaria de realizar essas atividades ao sentir-se como um zumbi?” afirmou o autor principal do estudo, Nicole Tang. “A pesquisa demonstra que o sono não é a única resposta para insônia relacionada à dor, mas também é um novo método de manter aqueles que sofrem com essa condição fisicamente ativos. Isso abre uma nova via para melhorar a qualidade de vida dos portadores de dor crônica.”