Solidão encurta a vida.
Passar menos tempo sozinho é um ingrediente para uma vida mais longa. Um estudo dos EUA publicado na revista “Perspectives on Psychological Science” mostrou que a solidão e o isolamento social diminuem a expectativa de vida em todas as faixas etárias e são perigosos, mesmo quando intencionais.
Para este estudo, os pesquisadores da Brigham Young University, Utah, analisaram dados de três milhões de parti
cipantes de uma variedade de estudos de saúde. Controlando variáveis como situação socioeconômica, idade, sexo e condições de saúde preexistentes, eles observaram que o efeito funciona nos dois sentidos. A falta de conexões sociais apresenta um risco adicional e a presença de relacionamentos tem um efeito positivo sobre a saúde.
Especificamente, o risco de mortalidade aumenta em 29 por cento para indivíduos socialmente isolados e em 26 por cento para pessoas solitárias. Indivíduos que moram sozinhos apresentam um risco 32 por cento maior de morrerem prematuramente. A conexão entre isolamento e risco de mortalidade existe em todas as faixas etárias, mas é maior em populações com menos de 65 anos de idade. Este fato também é verdadeiro mesmo quando o isolamento é intencional.
Este estudo sugere que não apenas o risco de mortalidade se encontra na mesma categoria de fatores de risco bem conhecidos, tais como consumo excessivo de álcool ou tabagismo, mas também ultrapassa os riscos à saúde associados à obesidade. “Em essência, o estudo está dizendo que quanto mais psicologia positiva tivermos no nosso mundo, melhor será a nossa capacidade de funcionar não apenas emocionalmente mas também fisicamente”, disse o coautor Tim Smith.
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