Ressecamento vaginal – outra alternativa terapêutica
Muitas vezes as pacientes continuam a se queixar de “ressecamento” vaginal mesmo após a reposição hormonal. Este trabalho nos alerta para outras possibilidades terapêuticas.
A atrofia vaginal costuma ser um problema frequente após a menopausa. Cientistas dos EUA acabam de descobrir que a deficiência de estrógeno não é o único fator determinante, mas que as bactérias também têm papel significativo. O estudo foi publicado na revista científica “Menopause”.
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins em Baltimore e da Universidade de Maryland em College Park estudaram a composição bacteriana da vagina de 87 mulheres de 35 a 60 anos. Eles descobriram que as bactérias variam significativamente durante as diferentes fases reprodutivas e que “misturas” típicas ocorrem em mulheres com atrofia vulgovaginal.
Os lactobacilos claramente têm uma função importante. Quando seus níveis estão baixos, a vagina tende a ficar ressecada. Os cientistas acreditam que produtos padronizados com lactobacilos em sua composição, não nativos ao corpo da mulher, podem prejudicar mais do que ajudar. Por esta razão a medicação deve ser personalizada.É por esta abordagem mais ampla que se sabe hoje, que o ressecamento vaginal tem outras abordagens terapêuticas além da “simples” reposição hormonal. Algumas outras patologias interferem tanto na questão hormonal com na micro flora vaginal e um exemplo clássico disso é o diabetes mal compensado. outras infecções oportunistas também pode causar estes sintomas por um desequilíbrio desta fauna bacteriana. Como as causas são muitas e diversas a conduta certa é procurar um bom profissional para resolver o problema.
Por Joffre Nogueira Filho e Flavia N. de Leoni