Por que é tão difícil comer pouco doce?

Por que é tão difícil comer pouco doce?

Indice Glicemico

Por Joffre Nogueira Filho

Por que é tão difícil comer pouco doce?
Por que é tão difícil comer pouco doce?

É comum que ao tratarmos obesidade, diabetes ou aumento do colesterol nos deparemos com a colocação dos pacientes de que basta começar a comer doce para perceber que não conseguem comer pouco. Vou tentar explicar isso com um trabalho recente.

Primeiro vamos entender que Índice glicêmico (IG) é um fator que diferencia os carboidratos, e está relacionado com o nível de açúcar no sangue.

Sempre que ingerimos carboidratos, estes entram na corrente sanguínea com diferentes velocidades. Com base nesse fato, é possível classificá-los: quanto mais rápido o seu ingresso, maior será o seu IG e maior a liberação de insulina pelo pâncreas, pois o corpo tenta que os níveis glicêmicos não se elevem muito. Portanto quanto maior o IG maior a liberação de insulina que o alimento provoca.

Alimentos que afetam pouco a resposta de insulina no sangue são considerados de baixo IG, e os que afetam muito, de alto IG.

A insulina é um hormônio que tem o poder de transportar o açúcar para dentro das células dos tecidos. No fígado ele se deposita na forma de glicogenio; estes depósitos, entretanto, têm uma capacidade limitada, o que faz com que todo o excesso de glicose no sangue seja convertido em ácidos gordurosos e triglicerídios, que serão armazenados sob a forma de gordura. O fato de manter-se a ingestão de alimentos com alto índice glicêmico provoca no corpo a produção aumentada de insulina e isto colabora para o organismo “se acostumar com a insulina” e responder menos que o normal a este hormônio é o que chamamos de resistência insulínica.

Mesmo quando se está acima do peso, muitas vezes é difícil abdicar de alimentos altamente calóricos. Um estudo norte-americano publicado no “American Journal of Clinical Nutrition” detectou o culpado nisto. O alto índice glicêmico (IG) encontrado principalmente nos alimentos doces e naqueles que contêm farinha de trigo ativa o sistema mesolímbico no cérebro, que também funciona como um “sistema de recompensa” nos comportamentos dependentes.

No estudo, realizado em Boston, doze homens saudáveis e acima do peso foram alimentados com milk-shakes com índice glicêmico alto e baixo. Quatro horas depois, a atividade cerebral dos participantes e a glicemia foram medidas.

Foi demonstrado que os homens que consumiram o milk-shake com IG alto tiveram um aumento rápido da glicemia seguido por queda marcada que resultou em hipoglicemia. Além disso, comparado aos shakes com baixo IG, uma ativação poderosa de alguns núcleos cerebrais ocorre na ingestão dos preparados com alto IG.

Fora o índice glicêmico, os milk-shakes continham níveis idênticos de calorias, gorduras, proteínas e carboidratos. “Também não havia nenhuma diferença no paladar”. A conclusão dos pesquisadores é que: “Os carboidratos processados estimulam os centros de dependência do cérebro”. A vontade incontrolável de ingerir alimentos com IG alto é maior quanto mais nos alimentamos com estes nutrientes. Ao ingeri-los criamos uma hipoglicemia reacional e sentimos mais vontade de continuar com este tipo de alimento.

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