Obesidade – Como eu vejo o tratamento
Obesidade – Após 40 anos de experiência bem sucedida no tratamento da obesidade quero contar como eu vejo o tratamento desta doença grave e difícil de tratar.
Obesidade é doença grave e crônica, e como tal volta a se instalar quando cessa o tratamento. Neste artigo vamos falar das alterações psicológicas, intestinais e hormonais que pode impedir que o tratamento tenha sucesso.
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Tenho convicção que os pacientes que vão ao consultório fazem tudo que lhes é possível para emagrecerem. Todos sabem o que engorda e o que deveriam fazer para serem mais magros. Não é informação que lhes falta. Não é falta de força de vontade.
Tratamento personalizado da obesidade
Costumo dizer que o que tratamos é a dificuldade que o paciente apresenta para fazer a dieta. No entanto esta dificuldade pode chamar-se ansiedade, melancolia, muita fome, falta de tempo, chocolate, caipirinha, briga com o namorado, etc.
O paciente a ser tratado “é um pacote” que vem com “vícios”, alterações de humor, escorregadas na dieta, etc. e temos de tratar o pacote como ele é. Não adianta acreditar que desta vez irá resistir a “tentação” se em todas as outras vezes não conseguiu. Que desta vez terá mais força de vontade do que nos vários regimes anteriores.
Não adianta fazer de conta que estes problemas não existem e que ele vai conseguir passar o resto da vida comendo grelhados e salada. Os que conseguem não vão ao meu consultório para perder peso – já são magros.
Sistema nervoso
A maioria das vezes há problemas do sistema nervoso que interrompem a perda de peso. Estes problemas podem ser o mau humor, a depressão, a ansiedade ou a compulsão alimentar. Frequentemente estes componentes “psicológicos” apresentam um fundo orgânico que respondem bem a medicação melhorando o “temperamento” e promovendo a perda de peso.
Não nos esqueçamos da síndrome do comer noturno que tem causas hormonais na produção alterada da melatonina e da leptina e que frequentemente é menosprezado como causa da obesidade.
O nosso tratamento tenta tratar as inadequações do sistema nervoso e fazer uma dieta que contenha os alimentos que você tenha mais dificuldade de resistir. Quando isso não é feito você “acha” que não tem força de vontade.
O empenho que você está disposto a fazer é maior quanto mais gordo você se veja. Após a perda de alguns quilos você começa a não resistir a algumas tentações. Há técnicas e truques para superar esta fase. Um deles é que não se deve ter pretensões muito difíceis de serem atingidas. Emagreça o suficiente para ter uma qualidade de vida melhor, mais saudável.
E quando fazemos um exagero ?
Sempre temos de delimitar o tamanho do erro, compensá-lo, mas nunca fingir que ele não existe ou que não vai acontecer mais.
Bactérias intestinais.
Os microrganismos intestinais podem estar contribuindo para você engordar . Já está comprovado que temos 700 trilhões de bactérias intestinais. Há as que nos engordam e outras que nos emagrecem. Há casos de transplante de fezes que levam os pacientes a emagrecer, curar o diabetes, a depressão e a pressão alta. Ainda não temos este procedimento no Brasil, mas já sabemos algumas coisas que colaboram para que tenhamos as bactérias corretas no intestino e não aquelas que nos engordam.
Outra abordagem essencial é pesquisar alterações que ajudam você a engordar que vão desde medicações tomadas para outras doenças, causas adquiridas, alterações hormonais, etc.
Adequar o tratamento a cada paciente é tarefa que exige tempo e dedicação do profissional. Se o melhor remédio do mundo lhe dá algum efeito colateral, ele não é um bom remédio para você e devemos mudá-lo.
Se você não consegue fazer a dieta, apesar de ela ter sido elaborada segundo suas sugestões e ser bem equilibrada, ela não é uma boa dieta para você e tem de ser alterada – A dificuldade em segui-la deve ser dividida com o médico e com a nutricionista – eles são os profissionais que estão treinados para te ajudar. Não é um problema só seu…
Avaliamos em todas as consultas a composição corporal pela bioimpedância. Se necessário medimos o gasto calórico e para isso utilizamos um calorímetro apropriado para isto. Veja mais neste site. https://www.drjoffre.com.br/causas-cerebrais-da-obesidade/
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