Obesidade aumenta o risco de câncer
Estudo publicado no British Medical Journal, examinou o fato de que a obesidade aumenta o risco de câncer e a relação entre o excesso de peso e a incidência de câncer e a mortalidade.
Para este estudo prospectivo foram recrutadas 1,2 milhões de mulheres do Reino Unido, entre 50 e 64 anos, e foram acompanhadas, em média, por 5,4 anos para incidência de câncer e por 7,0 anos para mortalidade por câncer.
Relação IMC e mortalidade
Em geral, a relação entre o índice de massa corporal e a mortalidade foi semelhante àquela para a incidência.
Os autores concluíram que o índice de massa corporal está associado com um aumento significativo no risco de câncer.
Entre as mulheres em pós-menopausa no Reino Unido, 5% de todos os cânceres (quase 6 000 anualmente) são atribuíveis ao sobrepeso ou à obesidade.
Afirmaram também que para o câncer endometrial e o adenocarcinoma de esôfago, o índice de massa corporal representa o principal fator de risco ; aproximadamente metade de todos os casos nas mulheres em pós-menopausa é atribuível ao sobrepeso ou à obesidade.
Este fenômeno se deve ao fato de que há um aumento da insulina na grande maioria das pessoas com excesso de peso. E a insulina tem varias ações. A mais conhecida é o fato de fazer com que a glicose sanguínea entre dentro das células.
Há um outro efeito na ação da insulina que é aumentar a divisão celular e o crescimento de órgãos e é nesta função que o excesso de insulina provoca aumento na divisão celular que é o inicio de todos os tumores.
Outras alterações hormonais colaboram com este efeito potencializador da malignidade deste quadro. Por exemplo a gordura contem uma quantidade muito grande de enzimas que alteram o equilíbrio entre os hormônios femininos e masculinos, predispondo a mulher com excesso de peso a canceres das mamas e do endométrio.