Ganho de peso na gestação tem de ser correto
Ganhar mais ou menos peso, na gestação, que o correto é ruim. Demais é tão ruim quanto muito pouco – pelo menos em relação ao ganho de peso durante a gestação. Ambos parecem aumentar a probabilidade de ter filhos com sobrepeso. Essa é a conclusão de um estudo norte-americano publicado no “American Journal of Obstetrics and Gynaecology”.
Para a pesquisa, os pesquisadores usaram dados de 4.145 mulheres que participaram de uma pesquisa de saúde entre 2007 e 2009 dando à luz um bebê depois disso. Os prontuários médicos das crianças com dois a cinco anos de idade foram avaliados. O objetivo foi encontrar uma associação em potencial entre as recomendações de peso do Institute of Medicine durante a gestação e a obesidade infantil.
A revisão dos dados revelou que 20,4% das crianças nascidas de mulheres que engordaram mais do que o recomendado durante a gestação apresentavam sobrepeso ou obesidade. Entre as mulheres que engordaram menos do que o recomendado, a parcela foi de 19,5% e no caso das mulheres que aumentaram seu peso dentro da faixa recomendada, 14,5% das crianças apresentavam sobrepeso ou obesidade.
Particularmente notáveis foram as variações entre mulheres com IMC normal antes de engravidar: as que engordaram menos do que o recomendado tiveram uma probabilidade maior que 63% de ter filhos com sobrepeso ou obesidade. E as mulheres que engordaram mais do que o recomendado tiveram 80% mais de chance de ter um filho com sobrepeso.
De acordo com os pesquisadores, a associação marcada encontrada nas mulheres com peso normal sugere que o ganho de peso na gestação apresenta impacto sobre a criança que independe de fatores genéticos. Eles supõem que engordar demais ou muito pouco na gestação possa afetar os mecanismos de controle do apetite e gasto de energia da prole.