Estatinas podem reduzir o risco de demência e catarata
Poucos medicamentos são utilizados há tanto tempo e por um numero tão alto de pacientes como as estatinas, que são medicamentos para abaixar os níveis de colesterol. São utilizadas também, em diabéticos para diminuir o risco cardiovascular.
Um trabalho mostrou que além delas abaixarem os níveis de colesterol plasmáticos apresentaram outros efeitos positivos diminuindo o risco de desenvolver catarata. Este trabalho foi apresentado no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (Congresso da ESC de 2013) em Amsterdã.
Cientistas norte-americanos conduziram uma meta-análise de 14 estudos com 2,3 milhões de participantes para avaliar o efeito das estatinas sobre a catarata. As estatinas reduziram significativamente a probabilidade da doença ocular em 20%. Quando o tratamento foi iniciado em idade mais jovem (a partir dos 40 anos) e durou mais, o risco chegou a cair 50%, disse o autor John B. Kostis do Hospital Universitário Robert Wood Johnson em Nova Jersey.
Cientistas taiwaneses também descobriram que o risco de desenvolver demência cai com as estatinas. O estudo incluiu dados de quase 58.000 pacientes assegurados observados durante um período de mais de dez anos. Cerca de 5.500 desenvolveram demência de acordo com os critérios do estudo, sendo a demência por causa vascular excluída do estudo.
Em comparação com o grupo controle, o risco de desenvolver demência foi inversamente proporcional à dosagem de estatina: quando mais o paciente tomou, menor foi o risco. No grupo com a maior quantidade, o perigo de desenvolver a doença foi 50% menor do que o observado no grupo controle. O risco entre as pessoas tratadas com as doses mais altas foi reduzido em um terço.
É comum nos preocuparmos com efeitos deletérios de medicação “por toda a vida”, mas, nestes casos os efeitos colaterais foram benéficos.