Doença com excesso de gordura no fígado aumentou no país
A condição não é sintomática e o paciente não sente nenhum incômodo
22/05/2015
Segundo dados do Ministério da Saúde, 52,2% da população adulta do Brasil tem excesso de peso. Há nove anos, a taxa era de 43% – o que representa aumento de 23% na população acima do peso.
Gordura no fígado não é sintomático e o paciente não sente nenhum incômodo. Entre as mulheres, costuma ser diagnosticado quando fazem o exame periódico e o ginecologista pede ultrassom abdominal. Nos homens, quando as enzimas do fígado aparecem alteradas em exames de sangue feitos em check-ups. Para acabar com a gordura acumulada no fígado se prescreve alimentação adequada e exercícios.
É preciso conscientizar as pessoas de que o sobrepeso não é problema de ordem estética. É questão de saúde, que pode impactar muito seriamente a qualidade de vida. Dos pacientes com gordura no fígado, entre 10% e 15% desenvolverão a inflamação crônica em 10 anos. Desses, nos 10 anos seguintes, 20% terão cirrose.
Atualmente, as principais causas de transplante de fígado são a cirrose provocada pelas hepatites B e C, com 30% dos casos, e cirrose alcoólica, 20%.
As novas drogas que estão para ser aprovadas para o tratamento da hepatite C resolverão a questão da fila de transplantes. Os pacientes com cirrose por esteatose se tornarão a maioria.
Em 2011, os transplantes por cirrose em decorrência da esteatose respondiam por 0,6% dos transplantes de fígado. Em 2014, houve aumento de 283%, chegando a 2,3% dos procedimentos.
https://www.drjoffre.com.br/novos-fatos-sobre-gordura-no-figado-esteatose-hepatica/