Dieta sem glúten ? Saiba mais.
Dieta sem glúten. Saiba mais. – Na segunda metade do século passado, os serviços de saúde americanos decidiram considerar a gordura animal um veneno que obstruía coronárias e artérias cerebrais. A consequência foi o consumo excessivo de carboidratos, que disseminou a epidemia mundial de obesidade.
O início deste século assistiu ao nascimento de dietas surpreendentes: veganas, neandertais, sem lactose, sem glúten e até as que condenam tudo o que contém DNA!!- que aboliriam todos os alimentos vegetais e animais.
Nos últimos dez anos, as dietas sem glúten ganharam importância e fama. Seu resultado na perda de peso
se dá não pela eliminação do glúten, componente encontrado no trigo, na cevada e no centeio, mas pela eliminação do pão, macarrão, bolos, biscoitos, tortas e outros carboidratos simples de índice glicêmico elevado.
Estes elementos estão presentes em nossa dieta desde a invenção da agricultura, há 10 mil anos atrás!
Genética- Dieta sem glúten?
Existem realmente pessoas geneticamente predispostas a disparar uma resposta imunológica autodestrutiva quando a mucosa dos intestinos entra em contato com uma proteína presente no glúten, a gliadina. Ao atacar a gliadina, glóbulos brancos imunologicamente ativados provocam uma reação inflamatória na mucosa, que atinge a camada abaixo dela.
Conhecido como doença celíaca, esse quadro é caracterizado por flatulência, diarreia, obstipação, cólicas, lesões de pele, emagrecimento e fadiga, entre outros sintomas.
O número de pacientes com diagnóstico de doença celíaca na população é insignificante quando comparado aos que alegam benefícios ao evitar alimentos que contém glúten.
há poucos meses a revista Science, colocou que, só nos Estados Unidos, vivam 3 milhões de pessoas sem doença celíaca que declararam guerra ao glúten. O numero no nosso país é desconhecido.
Outras doenças
Há realmente outras doenças relacionadas ao glúten e que não é a intolerância a esta proteína. Os sintomas que se assemelham a doença celíaca são: flatulência, cólicas, diarreia, náuseas, fadiga e até dores articulares.
Esta outra patologia é uma espécie de alergia e apesar dos sintomas semelhantes tem uma patologia diferente não é uma sensibilidade, mas uma alergia.
Existem ainda carboidratos que não seriam, nestes pacientes, absorvíveis pela mucosa intestinal. Esses carboidratos são conhecidos pela sigla OMDPPFs (oligossacarídeos, monossacarídeos, dissacarídeos, polissacarídeos e políois fermentáveis).
Estes OMDPPFs também são encontrados em concentrações elevadas em cebolas, alhos, leite, iogurte, maçãs, cerejas, mangas e alguns legumes. São alimentos que sofrem fermentação no intestino e podem provocar sintomas semelhantes aos da alergia ao glúten.
Há razão para retirar o gluten?
O que se sabe é que, milhares de pessoas eliminam trigo, cevada e centeio de suas dietas inutilmente.
Evitar glúten, lactose e todos os alimentos que contêm os OMDPPFs, tornaria as refeições restritivas, monótonas e com risco de não oferecerem os micronutrientes essenciais ao organismo.
O que fazer, enquanto os especialistas não desenvolvem exames laboratoriais para identificar o tipo de alimento que lhe traz desconforto abdominal?
Use o bom senso interrompa por duas ou três semanas a ingestão dos alimentos que você acha que te causam desconforto. Depois, volte a fazê-lo, gradualmente, para comparar os sintomas nos dois períodos. Se na reintrodução os sintomas retornarem, repita o teste mais uma vez, para ter certeza. Se ficar convencida informe seu médico.
Não faça as dietas da moda elas nunca resolvem seu problema de peso e podem te causar distúrbios alimentares.
Procure ajuda especializada.
Dr. Joffre 3885 5066