Diabetes pode danificar o cérebro
Pacientes que desenvolvem diabetes tipo 2 ou hipertensão na meia idade não têm somente o aumento do risco de doença cardiovascular. Eles também têm uma probabilidade maior de perder mais neurônios com o avanço da idade – juntamente com todos os problemas cognitivos associados. Esse é o resultado de um estudo norte-americano publicado na revista científica “Neurology”.
Para o estudo, pesquisadores da Clínica Mayo testaram as habilidades de raciocínio e memória de 1.427 pessoas com média de 80 anos de idade. Os participantes não apresentavam prejuízo cognitivo ou o prejuízo era leve. Depois, eles foram examinados quanto a sinais precursores de demência. Os cientistas avaliaram, depois disso, o prontuário médico dos participantes para determinar se o diagnóstico de diabetes ou hipertensão havia sido feito na meia idade (40 – 65 anos).
Em comparação com os demais pacientes, as pessoas com diagnóstico de diabetes durante o período em questão apresentaram, em média, um volume cerebral 2,9% menor. Na área do hipocampo, o volume foi até 4% menor e, além disso, esses participantes tiveram o dobro de probabilidade de problemas cognitivos. Ainda, em pacientes que desenvolveram hipertensão na meia idade, a probabilidade de dano cerebral foi duas vezes maior que a observada nas pessoas sem hipertensão.
“As pessoas que desenvolvem diabetes, mesmo na velhice, também têm uma chance maior de apresentar áreas de dano cerebral. Por outro lado, não foram muitos os efeitos da hipertensão que se desenvolveram na velhice”, explicou a autora principal, Rosebud Roberts. “De modo geral, nossos achados sugerem que os efeitos dessas doenças sobre o cérebro levam décadas para se desenvolver e se revelam como dano cerebral, gerando sintomas que afetam sua memória e outras habilidades de raciocínio”.
Sabemos que até 30 % das demências senis são prevêníveis se acompanharmos alguns itens do nosso organismo. Na clinica fazemos isso de rotina.