Depressão pós-parto pode levar a problemas posteriores
Uma das causas da obesidade são os estado “melancólicos”, depressivos e de alteração de humor e a depressão pós-parto é um indicador para procuramos se esta etiologia está presente na paciente que atendemos. Interessante trabalho foi publicado na “Harvard Review of Psychiatry”. Segundo a revista os sintomas da depressão pós-parto diminuem ao longo do tempo, mas para 30 a 50% das mulheres afetadas, a depressão se mantém como problema a longo prazo.
Cientistas Belgas revisaram estudos de longo prazo sobre depressão pós-natal conduzidos entre 1985 e 2012. Eles enfocaram o curso da doença durante o período de acompanhamento e examinaram fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão crônica.
Todos os acompanhamentos mostraram a redução dos sintomas ao longo do tempo; mas a extensão dos sintomas nem sempre desapareceu por completo. 30% das mulheres com depressão pós-parto ainda estavam deprimidas até três anos depois do nascimento de seus filhos, este numero caia para 50% nas que estavam sobre tratamento. Em média, 38% sofreram de depressão persistente.
Alguns dos estudos mostraram que as mães mais jovens tinham mais risco de depressão pós-parto crônica. Houve mais evidências consistentes de outros fatores como relacionamento difícil com o parceiro, depressão anterior ou abuso sexual da mãe, estresse dos pais e fatores de personalidade.
No decorrer do estudo, os autores descobriram algumas falhas significativas. Elas incluíram a falta de dados sobre como a terapia influencia os resultados a longo prazo da depressão pós-parto. Este e outros estudos recomendam que as portadoras de depressão pós-parto sejam acompanhadas a médio e longo prazo.