Deficiência de vitamina D altera mineralização e envelhecimento ósseo.
O tecido ósseo é continuamente renovado e remodelado. Se o tecido remodelado recentemente não for mineralizado, o tecido não mineralizado constituído de substância básica e colágeno recobrirá boa parte da superfície óssea. Este efeito “ selante” torna difícil para as células ósseas alcançar e regenerar o osso, pois a maior parte da superfície necessária para este processo ficará faltando.
Deficiência de vitamina D, tão comum na nossa sociedade, pode estar ligada ao envelhecimento ósseo, aumentando, assim, o risco de fraturas, de acordo com um estudo. O processo de envelhecimento é causado pela mineralização óssea reduzida do osso, desencadeada por esta e outras deficiências. Este é o resultado de um estudo apresentado na revista científica “Science Translational Medicine”, realizado pelo Centro Médico Universitário em Hamburgo juntamente com a Universidade da Califórnia.
Os pesquisadores examinaram amostras de osso de 30 participantes. Em metade das amostras havia deficiência de vitamina D. Os cientistas aplicaram um ponto de rachadura pré-determinado aos ossos e passaram a aplicar gradualmente mais e mais peso sobre os mesmos para acompanhar a formação de rachaduras em tempo real utilizando microscopia eletrônica. Os achados em 3D foram avaliados camada a camada. De acordo com os resultados, a deficiência de vitamina D não somente reduziu a densidade óssea, como também afetou a qualidade do osso.
Segundo Busse, principal autor: Assim, por um lado, existe o defeito de mineralização que reduz a massa óssea e, de outro, o osso mineralizado envelhece devido ao efeito selante e às perdas em qualidade. Os dois efeitos levam ao aumento do risco de fraturas.
