Deficiência de iodo é prejudicial ao cérebro fetal
Por Joffre Nogueira Filho, Flavia N de Leoni e Marina A. Nogueira.
Mesmo uma pequena deficiência de iodo durante a gestação pode afetar adversamente o desenvolvimento mental das crianças, revelou um estudo britânico publicado no “The Lancet”.
Mesmo pacientes com função tireoidiana aparentemente normais devem ser seguidas por especilaistas para se evitar transtornos permanentes na função cerebral do neonato.Mesmo uma pequena deficiência de iodo é prejudicial ao cérebro fetal.
O iodo é consumido principalmente com a ingestão de laticínios e frutos do mar e é essencial para a produção dos hormônios da glândula tireóide, com efeito direto sobre o desenvolvimento cerebral do feto. Os efeitos prejudiciais em potencial da deficiência grave de iodo no cérebro são bem conhecidos.
Os pesquisadores mediram a concentração de iodo em amostras de urina colhidas no primeiro trimestre de gestação de 1.040 mulheres grávidas. As gestantes foram divididas em dois grupos: aquelas com eliminação menor de iodo n aurina ( consideradas iodo-deficientes), e aquelas com eliminação adequada de iodo ( as iodo-suficientes).
Mais de dois terços (67%) das gestantes se enquadraram na categoria de iodos deficientes.
O desenvolvimento mental dos bebês dessas mulheres foi avaliado pela medida de QI aos 8 anos de idade, e capacidade de leitura aos 9. Após o ajuste dos resultados para fatores externos que afetam estes escores, como escolaridade dos pais e amamentação, os pesquisadores observaram que os bebês de mulheres no grupo iodo-deficiente tinham uma probabilidade significativamente maior de menor QI e maior dificuldade na capacidade de leitura.
Além disso, quanto mais baixa a concentração de iodo na mãe, menor o escore médio da criança. Os resultados mostram claramente a importância do status adequado de iodo no início da gestação.
Esta é uma das razoes pela qual a avaliação da função tireoidiana em gravidas e em quem quer engravidar é muito importante.