Baixos níveis de vitamina D aumentam os riscos cirúrgicos
Baixos níveis de vitamina D aumentam os riscos cirúrgicos
Pacientes com baixos níveis séricos de vitamina D apresentam risco aumentado de morte e complicações sérias pós-cirurgia, sugere um estudo dos EUA publicado na “Anesthesia & Analgesia”. Para esse estudo, os pesquisadores na Cleveland Clinic analisaram dados de aproximadamente 3.500 pacientes que se submeteram a cirurgias, não cardíacas, entre 2005 e 2011. A análise incluiu ajuste para outros fatores como características demográficas, quadros clínicos, além do tipo e da duração da cirurgia. A concentração de 25-hidroxivitamina D nas amostras de sangue foi analisada como um fator de risco para morte, eventos cardiovasculares ou infecções sérias durante a permanência hospitalar. A equipe de pesquisa observou que concentrações mais elevadas de vitamina D estavam associadas a uma menor probabilidade de mortalidade e morbidade hospitalar. Para cada aumento de 5 ng/mL no nível de 25-hidroxivitamina D, o risco combinado de morte, eventos cardiovasculares ou infecções sérias diminuiu em sete por cento. Pacientes apresentando os menores níveis de 25-hidroxivitamina D (menos de 13 ng/mL) apresentaram o risco mais elevado de morte ou complicações sérias. Comparado a esse grupo, aqueles com níveis mais elevados de vitamina D (até 44 ng/mL) apresentavam cerca de metade do risco. Contudo, os pesquisadores enfatizam que a associação com níveis baixos de vitamina D foi estatisticamente significativa apenas para complicações cardiovasculares, embora houvesse “fortes tendências” para mortalidade e infecções.