Novas alternativas no tratamento do Diabetes tipo II –
Para ser mais claro na explicação sobre os medicamentos para tratar o diabetes vamos dividi-los em classes. Há diferenças e novidades na forma e efeitos destas classes. Todos visam baixar a glicemia. Uns agem mais na glicemia de jejum e outros na glicemia após as refeições.
A maioria das classes mais modernas ajudam a baixar o peso, ou pelo menos não nos fazem engordar e não apresentam risco de hipoglicemia.
As Mais modernas
- As mais modernas são de uma classe nova que se chama inibidor de SGLT2 – que é uma família de medicamento que aumentam a eliminação da glicose pela urina baixando a glicemia, ajudando a perder peso no primeiro mês de uso, e sem risco de hipoglicemia. Os medicamentos desta classe diminui o risco de infarto que é a maior causa de morte para os diabéticos e protege a saúde do rim.
- A outra classe são os “análogos do GLP1” que são injetáveis, ajudam a baixar o peso, não apresentam risco de hipoglicemia, regulam a ação da insulina e do glucagon, que é um hormônio que aumenta a glicemia. Apesar de injetável NÃO É INSULINA e não tem os inconvenientes dela. Reduzem a glicemia principalmente por aumentar a secreção de insulina e diminuir a produção de um hormonio o glucagom que funciona AUMENTANDO A GLICEMIA. Como só tem efeito de aumentar a produção da insulina em níveis elevados de glicose no sangue, não aumentam o risco de hipoglicemia quando usada isoladamente ou com a metformina. Alguns destes medicamentos tem efeitos tão importantes na diminuição do apetite que são usados para diminuir o peso mesmo em não diabéticos com excelente resultado. Foi lançado sob o nome comercial de saxenda no qual a bula só se refere a perda de peso.
- Outra classe são os inibidores de DPP4, que agem muito semelhante à classe anterior, mas não fazem emagrecer, mas também não engordam. São mais efetivos para baixar a glicemia após a refeição.
As mais antigas
- As tiazolidonas também não dão hipoglicemia, como todas as classes referidas até aqui, mas não ajudam a emagrecer e podem até engordar, um pouco e reter liquido. Age melhorando a ação da insulina no músculo e gordura, além de diminuir a produção de glicose no fígado.
- As inibidoras da alfa-glicosidase inibem a absorção dos açucares no intestino baixando a glicemia e colaborando para não engordarmos.
- As Metforminas são mais antigas, mas são tão boas que todos os tratamentos começam com ela – não dão hipoglicemia, emagrecem e diminuem o risco de câncer. Seu efeito em reduzir as taxas de glicose no sangue decorre principalmente da redução da quantidade de glicose produzida pelo fígado. Diminuem inclusive a frequencia de alguns tumores malignos ( canceres). Há evidencias que elas modificam a flora intestinal aumentando as bacterias que nos ajudam a perder peso.
- As sufoniluréias são ainda mais antigas (começaram a ser utilizadas em 1950) e podem provocar hipoglicemia, ganho de peso e algumas dela tem efeito deletério sobre o coração, mas infelizmente ainda são muito usadas principalmente por não endocrinologistas.
- E finalmente a insulina que é a mais eficiente forma de baixar a glicemia, mas que pode provocar hipoglicemia e ganho de peso.
Como escolher qual a medicação para determinado paciente
As novas alternativas no tratamento do Diabetes tipo II , que mencionei acima , devem ser pesada para que a grande maioria dos diabéticos tipo II. Isto é mais importante principalmente se estão acima do peso, deve tentar ser controlados sem a utilização destas duas ultimas classes referidas ( sulfonilureias e insulinas)> No entanto as vezes a utilização delas se faz necessário. Só o endocrinologista, que é o especialista em diabetes, que o acompanha é capaz de determinar quando isto é necessário ou não.
Todos os medicamentos tem benefícios, tem indicação e contra indicação e devem ser escolhidas caso a caso. Elas apresentam diferentes mecanismos de ação para reduzir a glicemia e por esta razão seu uso combinado é justificado.
Estas novas alternativas no tratamento do diabetes tipo2 são ponderadas e escolhidas pelo endocrinologista que é o único especialista para o tratamento desta doença e estuda cada paciente para identificar qual a melhor combinação em termos de eficácia e segurança para cada paciente.veja mais neste site. veja: doença renal do diabético
https://www.drjoffre.com.br/carta-aberta-aos-diabeticos/