Adaptação mental também depende da flora intestinal
- 05/2016
. Isto foi demonstrado em um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Berlim e dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.
Os resultados de um estudo publicado em “Cell Reports” podem ter consequências sobre o uso prolongado de antibióticos e ajudar a aliviar sintomas de doenças mentais.
Os pesquisadores destruíram a microbiota intestinal em camundongos usando uma combinação de antibióticos potentes. Comparados aos animais não tratados, os pesquisadores observaram um número significativamente menor de formação de novas células nervosas (neurogêneses) na região do hipocampo o que, por sua vez, levou à deterioração da função de memória dos animais.
Quando o microbioma foi desativado, houve uma redução tanto da neurogênese quanto do número de monócitos no cérebro. A formação de novos neurônios também entrou em declínio quando os pesquisadores removeram os monocitos dos camundongos. Contudo, a formação neurogênese voltou a aumentar quando os pesquisadores administraram monócitos aos camundongos tratados com antibióticos.
Os pesquisadores reverteram o quadro nos animais tratados com antibióticos usando duas estratégias diferentes. Ou fornecendo uma mistura de diferentes cepas bacterianas ou treinando-os na roda giratória e conseguindo restaurar os efeitos dos antibióticos.
O número de monócitos aumentou e o desempenho da memória, assim como a neurogênese, melhorou.
Estas informações não quer dizer que em humanos, os antibióticos alterem a função cerebral, pois a combinação dos medicamentos usados foi extremamente potente.
É um trabalho para mostrar mais efeitos dos microrganismos que temos no nosso intestino e servir de alerta quando a administração de vários antibióticos juntos for necessária.
Dr. Joffre
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